sexta-feira, 1 de julho de 2011

ANDRÉ

Uma pose para uma tragada
corpo descomposto, cigarro entre os lábios grossos.
Fumava música underground,
nos cabides roupas de sua mãe.
A interrogação lhe fazia companhia,
conversava com a tesoura ao repicar cabelo.
E dizia com licença ao Mr. Stardust,
para em sua algibeira pôr foto de Xuxa.

THE END

'dENTRO DUMA CAIXA ESCURA,
A VISITA DA LUZ PRESENTE SE FAZ.
pASSA PELA ENTRADA, UM ORIFÍCIO,
MAPEIA O FOTOGRAMA E FOGE.'

'o ÚLTIMO ENCONTRO A BEIRA DO AMOR,
QUE SE DESFAZ NUM MÍNIMO "ADEUS",
SEM UM BEIJO OU CORRIDAS DE TÁXI.
uM FINAL SEM DEIXA DE BLOCKBUSTER.'

Penélope Cruz

Antes da morte
me faço na corte
Com este rei sentir
ponho-me a refletir

Expulso a ânsia
em linhas douradas
Vi primeiro, renda
em nebulosas cores
e desenhei no profundo poço
o meu eu persona

Pintando o Silêncio

As não proferidas palavras,
dum jogo de olhares.
As bocas fechadas,
duns tempos passados.
E no quadro a figura
do não realizado
com retoques do que acontecerá.

'Dançando no escuro'

Tão clichê quanto o título deste texto
é o pensamento do não saber do que há por vir,
assim dançando no escuro estamos.

A Máquina

Em seu experimento
Bernardo inventa a máquina,
afim de substituir seu coração,
afim de acabar com os sentimentos

AMOR CAPITAL

Uma moeda
Te pago o café
Compro um afeto
Com a cara, falo verdades
Com a coroa, negocio um beijo