Os dias são esses
Dias de meu senhor
A qual embato a fera
A louca criação
Dessa sócio-eu-cultural
Empenho me a desconstruir
Leve estou...ansioso, essa questão ainda me é nova,
ainda me é dolorida, a cada relacionamento que se inicia. Nesse
momento com o E. O equilíbrio é o que almejo. Tranquilidade. Paz.
Eloquência por números, outros caras, já não tenho agora.
Realizando um sonho: cursando Artes Cênicas, lecionando (algo que
gosto de fazer), pós, mestrado (algo que me faz refletir).
Pressuponho querer minha evolução como ser humano. Algo mais
reflexivo e contemplativo do meu próprio ser imerso nessa camada
social. Essa que forma. Que me constitui. Sentimentos, imaginação,
criatividade, visões a ela dou a origem. Essa sociedade, este meio
que me cerca. A homossexualidade já é algo estático a mim. Quero
construir algo com alguém. Pode ser hoje, pode ser amanhã, pode ser
nunca. Já vivi experiências, viverei mais. Quero construir algo e
evoluo para isso. A vida é inevitável, nada sei se conseguirei essa
construção. Diante disso quero natural e em paz viver. Ir sentindo,
ir respirando, uso fluindo, testando, acariciando, tocando, às vezes
é isso, as vezes nem é. O que se pensa agora, não pensarei daqui
um tempo. Construto de até este instante. Destruo após instantes.
Frutos indeléveis. Pense, pense, reflita, viva, goze, sinta, deseje,
ame, odeie, experimente, estude, faça, aproveite, tudo, tudo em
pequenas doses, em parcimônia para comigo e o outro. A dinâmica da
vida está na estática fraudulenta do vento. Objetivos: cinema e
cinema. Tem segredo nisso? Não o há. Agora é deixar e deixar-se.
Agora é a experiência.